
O véu da ilusão
A distorção da realidade que nos faz esquecer a nossa natureza espiritual



Vivemos num mundo onde os olhos vêem, mas o coração muitas vezes dorme.
Desde o momento em que encarnamos nesta plano, aceitamos, em silêncio, a presença de um véu: o véu da ilusão.
É tecido por crenças, medos, condicionamentos e memórias herdadas. É alimentado por tudo aquilo que nos afasta da nossa essência divina e nos convence de que somos apenas corpos, nomes, funções ou histórias.
O véu da ilusão não é mais do que a distorção da realidade que nos faz esquecer a nossa natureza espiritual. É o filtro que cobre os nossos sentidos e nos impede de ver as coisas como elas realmente são.
Faz-nos confundir ter com ser, achar que a dor nos define, correr atrás de validação, status ou sucesso exterior e esquecer-nos que viemos do Amor e ao Amor havemos de voltar.
Porque escolhemos passar pelo véu?
Não é castigo, nem erro. É a escolha da Alma.
A travessia pelo véu é parte da experiência terrena.
A ilusão serve para que possamos viver a dualidade: a Luz e a sombra, a dor e a cura, a separação e a união.
Só ao mergulharmos no esquecimento, podemos escolher com verdade e recordar quem somos.
A Alma, então, aceita o desafio de se vestir de carne, de tempo, de ego, para que possa crescer e despertar de novo.
Como sentimos o peso do véu?
O véu manifesta-se de várias formas e subtilmente: através de uma sensação de vazio, mesmo com “tudo”, ansiedade constante sem razão clara, vontade de fugir de ti mesmo(a), desconexão da natureza, da espiritualidade, do corpo, crenças limitantes que nos fazem sentir pequenas
Como é que o véu começa a rasgar-se?
Ele não se rasga com força. Rasga-se com verdade.
- quando silenciamos o ruído externo
- quando escolhemos sentir em vez de resistir
- quando olhamos para a dor com compaixão
- quando entregamos o controlo e abrimos espaço para a alma falar
- quando dizemos: “Basta. Quero viver a partir do coração.”
É nesse instante muitas vezes silencioso que uma luz desperta no peito.
Um lampejo que diz: “Tu és muito mais do que aquilo que te ensinaram a ser.”
O Papel do Coração - A ponte entre o mundo visível e o invisível.
Enquanto a mente foi treinada para se mover na ilusão, o coração sempre soube da verdade.
Quando começares a respirar com presença, a tocar o teu coração com reverência, a perguntar com sinceridade “Quem sou eu para além da forma?” o coração responde.
Ele é o templo onde o Espírito e a Alma se reencontram. É a casa onde o véu começa a dissolver-se.
A Coerência entre a mente e o coração
Para que o véu caia, não basta sentir, é preciso alinhar. A mente precisa aprender a servir o coração, e não o contrário. Quando há coerência entre o que sentes, pensas e fazes, o teu campo eletromagnético muda, a tua vibração sobe, e a ilusão começa a desvanecer.
É neste ponto que o Método AMA toca:
Ativando o Amor (coração), a Força (vontade alinhada) e a Sabedoria (consciência desperta).
Rasgar o Véu não com luta, mas com luz
O Véu da Ilusão não é inimigo.
Ele foi necessário para que pudesses viver a experiência da separação.
Mas agora, sentes o chamado e esse chamado é verdadeiro.
Despertar é lembrar. É escutar. É caminhar de volta ao Coração e reconhecer:
- Eu sou Luz em forma humana
- Eu sou Alma em missão
- Eu sou Espírito em expressão
- Eu sou Amor a rasgar suavemente o véu, todos os dias
O Caminho de volta
Cada ritual, meditação, lágrima de libertação ou escolha com verdade, é uma costura desfeita no tecido da ilusão.
E com cada rasgo, mais luz entra.
E então...
Vês com os olhos da Alma.
Sentes com o Espírito.
Amas com o coração desperto.
E compreendes que o véu não é fim. É um portal.
E é isto que significa a Expansão do Coração que te proponho na Ativação das Rosas.
É o rasgar deste tecido, para quem sente a Vontade.
E hoje brindo-te ainda com este Poema... Sente-o
Para além do véu
Há um véu que encobre os olhos da Alma,
Tecidos de desejo, medo e ilusão.
Promete eternidade ao que é passageiro,
E prende em correntes de identificação.
Apegamo-nos a rostos, formas e histórias,
Erguemos castelos no vento do tempo.
Mas o que é fixo, senão a mudança?
E o que é o Eu, senão um momento?
Por trás do véu, há luz que não se apaga,
Silêncio que fala, presença sem forma.
Não há separação, nem começo ou fim,
Apenas o todo que tudo transforma.
Desfaz o nó, solta a âncora do medo,
Olha para dentro, onde a verdade habita.
O véu cai suave, como folha no outono,
E surge a clareza, tranquila e infinita.
Sente.
AMA
